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SONHAR É PRECISO

 
SONHAR É PRECISO


Tenho a alma festeira, desassossegada, inquieta!
Muitas vezes nem consigo repousar para um cochilo, acho até que às vezes durmo de olhos abertos.
Tenho no meu quintal uma rede, onde tento repousar para pequeninos sonhos.
Ouço o barulho lá fora. A algazarra das crianças no ir e vir para a escola que fica na minha rua, me desperta.
Penso: como são puras, inocentes e felizes!
Quando tudo se acalma, o sono já se foi. Ponho-me a pensar nos tempos de outrora, tempos dourados, sonhos prateados. Hoje infelizmente, vejo-os em ferro fundido na dura realidade desta minha vida.
Os sonhos que eu sonhei, valeram à pena. Contento-me com os que ainda virão, tenho certeza! Revivo um grande amor, umas boas lembranças, as brincadeiras do meu tempo de menina, pura, inocente. Tudo isso só me leva a crê que já fiz muita gente feliz; o meu pai, por exemplo, adorava o meu cantarolar, fazendo ninar minha irmã caçula e quando ela adormecia, ele me pedia para ler algumas histórias, pois admirava meu tom de voz e minhas pausas.
Eu ainda bem pequena, já dizia que queria ser escritora. Sonho, do qual ainda não abri mão.
Não mudei nada, não envelheci, apenas troquei de pele. Não me sinto madura e meus sonhos ainda afloram, quero realizar boa parte deles.

Quiçá eu ainda os tenha latente até trocar de espaço, pois esta minha alma nunca morrerá!




 
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DI MATOS
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