Enviado por | Tópico |
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Gyl | Publicado: 18/07/2017 23:20 Atualizado: 18/07/2017 23:20 |
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Mensagens: 16148
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Re: Morrem no peito Legiões
É o que eu chamaria de "luta intestina". O homem e suas indagações, seus reflexos e suas reflexões. Um bom texto para ser ler e para se pensar. Abraços!
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Enviado por | Tópico |
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Margô_T | Publicado: 28/05/2020 12:27 Atualizado: 28/05/2020 13:26 |
Da casa!
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Re: Morrem no peito Legiões
Cada ciclo se inicia no fim de um outro ciclo. Entre eles, uma “âncora” (ou um “prolongamento”) que vem do que há de comum nos dois: tal como os nossos “ancestrais” são o fim de um ciclo; ainda participando, todavia, num outro – o nosso. Assim o são, também, as “estações”.
Os “rituais” e as “penitências” são, também, formas de ciclo ao serem repetições e ao pressuporem uma continuidade: o ritual é ritual porque já existiu e se volta a repetir, a penitência é penitência porque pressupõe um acto anterior que a tenha provocado. Em nós, escuta-se o “círculo de vozes em coro”, o que em nós existe de outros e se propaga inevitavelmente: do “murmúrio” ouvido faz-se “palavra”, da “palavra” o “cântico”, do “cântico” o poema. E apesar da evocação do já sucedido, se cruel, poder levar-nos ao delírio: “À loucura dos massacres Ao delírio de todas as dores, num único momento.” talvez precisemos desta “percepção exacta da palavra” para prosseguirmos, evitando, assim, que nos tornemos “Tolhidos movimentos, envoltos, por lúgubre manto” “rasgados por gritos”. Já tinha saudades de te ler, Nuno. Bjs |
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