Lá bem longe... Bem longe,
distante da consciência e perto do coração,
meu corpo está sempre em transformação.
Meus sentimentos não são meus, e eu não me conheço ou reconheço.
Sei quem sou, mais às vezes me esqueço.
Longe de você sou Fé, sou Henrique, Pedro ou José;
longe de você nada sou, não existo, não sou ninguém.
Apenas eu o frio e o escuro da madrugada infindável.
E a peso da solidão.
Eliezer Lemos