Pecados
Um grito surdo em face à vida vivida
que embala na semente que a limita
e se contorce em um nada parasita
ao beber da sua seiva mal servida.
Este fetiche é uma forma de loucura
é a secura que paira no deserto
fazer da ternura o áspero concreto
ou estar perdida nesta desventura
Porque até as tuas folhas estão mortas
e com o gosto do fel em teu triste fim
neste jardim amargo que é o teu corpo
é um triste emaranhado de tristeza enfim
Então faça de conta que eu sou teu
como tua é a dor que tu carrega
o que era ontem, hoje envelheceu
Os pecados! Ora os pecados!
Mas quem não peca!!!!
Alexandre Montalvan
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