Poemas : 

Violaram as Violetas

 
Assiste ao movimento dos cometas,
sua elíptica volta invisível
pelo platônico Mundo Sensível,
Pela órbita oblíqua destes planetas.

Assiste, assassino das violetas,
morre murcha uma murta imarcescível
trincada a lente do sonho possível
No jardim que estava sem borboletas.

Vê? Quanto prazer pretende ganhar-te
assistindo espetáculo específico
Quando desaparece anã estrela?

Sei que te invade vontade de sê-la.
Sei, porém, falta-te todo um Pacífico
quando, em um discurso, falta-te aparte.


Gyl Ferrys

 
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Gyl
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/07/2017 22:45  Atualizado: 09/07/2017 22:45
 Re: Violaram as Violetas
belo poema. Gosto da letra V, minha filha começa com ela. Do agrado de Platão.

impressão minha ou retirou um poema anterior?




Enviado por Tópico
Semente
Publicado: 10/07/2017 00:05  Atualizado: 10/07/2017 00:05
Membro de honra
Usuário desde: 29/08/2009
Localidade: Ribeirão Preto SP Brasil
Mensagens: 8560
 Re: Violaram as Violetas/ PARA GYL
Tenho aprendido por aqui, que a poesia é uma aventura de linguagem. A arte de dizer o comum, de forma incomum...
Mas, te confesso, sem vergonha de admitir: teu soneto, deu-me um nó por aqui...hahahahah

Chegarei lá...

Beijos de paixão, amigo querido!


Enviado por Tópico
F.Serra.Pintor
Publicado: 10/07/2017 08:28  Atualizado: 10/07/2017 08:28
Colaborador
Usuário desde: 11/08/2016
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 Re: Violaram as Violetas
Quem não gosta no meio quase do nada desejar ser ou ter esse movimento elíptico a sua volta?


Enviado por Tópico
Rogério Beça
Publicado: 11/07/2017 05:40  Atualizado: 11/07/2017 05:40
Usuário desde: 06/11/2007
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 Re: Violaram as Violetas
Poesia viole(n)ta esta!
O sujeito poético refer-se a alguém, ou a um tipo de pessoas, que procuram demasiado o brilho e que, no entanto, algo lhe falta. O Pacífico em maiúsculas pôs-me a pensar. Isso, para mim, é bom.
Todo o soneto, este claro, é, ou foi.

Abraço irmão de letras.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/07/2017 16:51  Atualizado: 12/07/2017 16:51
 Re: Violaram as Violetas
Um lindo poema testificado vindo dos momentos que onde as palavras são trabalhadas numa plenitude de sabedoria