PRAZER PASSAGEIRO
(Jairo Nunes Bezerra)
Tento sempre esquecer-me do motel de segunda,
Em que fostes minha por poucas horas...
Depois do intenso orgasmo virastes vagabunda,
Deixando-me solitário partindo sem demora!
Antes, para concretizar a nossa aproximação,
De meu carro fostes a motorista ativa sem destino...
Levaste-me para um quarto sem expressão,
E emocionado fiquei parcialmente sem tino!
E agora o que fazer de minhas enegrecidas noites?
O teu desprezo virou eterno açoite,
Cicatrizando as minhas fantasias!
Quero-te mais uma vez agora na minha cama,
A falta disso a minha sensualidade reclama,
E tua nova aproximação ávida de prazer desejaria!