DIFÍCIL DE ENTENDER É SER. .
Quanto
É um pranto,
De um quase pouco,
Que de louco e tanto,
É todo, um quase,
Quanto pranto ter:
Amar,
Enquanto ser.
Ventos,
Campinando os topetes das montanhas,
Dardejando nossas almas
De Beijos decotados,
Que minha boca dedilha
Na doce armadilha,
Que nos prosterna,
Nos nina em nosso ninho,
Do difícil entender e ser.
Noites
Ladrando nos quintais
De nossas mentes
Me mordem as noites
Como bocas famintas
Caladas que gritam
E a braçadas
Atravessam os gemidos
Dormem nossos segredos
Dentro da luz o medo
E dormindo escrevem
A poesia de nossa vida
Do difícil entender e ser
José Veríssimo