As feridas caem nas pétalas cansadas como álcool Por um rio só a meio da cama
Ontem uma fogueira nas mãos para ti Percorria-te em toques e suspiros A alquimia da hora tardia desnudou o amanhecer deserto Tantas vezes, por tanto tempo
No lençol branco mais uma rosa largada a vermelho morria, talvez O frio à cabeceira no desaguar de passos em saída Lá longe, aqui tão perto
Na janela cinzenta a árvore anoitece Com vento num adeus às folhas e ao chão
A chuva vai castigando a noite pela manhã Lá fora, aqui tão dentro
Viver é sair para a rua de manhã, aprender a amar e à noite voltar para casa.