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Poemas : 

Na Fina Linha do Limbo

 
Ainda vivo solto naquela vertigem
De uma hipérbole de espaços vazios
Que se eclipsa entre os dois mundos
A sensação do corpo ainda virgem
Faz-me rasgar nos dias mais frios
A carne macia em cortes profundos

O limbo contorce e inebria os sentidos
Que acumulados se distorcem no olhar
...E na cegueira de um pasmo estulto
O caminho espinhoso de ciclos perdidos
Dos incautos que me ousam perdoar
Oculta-se na sombra do meu vulto

A verborreia engalanada de vis luxos
Alastra imberbe pelas gastas veias
Que sucumbem lentas à indiferença
Em terra de magos e letais bruxos
Hiberna inocente em paredes meias
Meia vida, meia morte e uma crença

A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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AR-240321
Olhar Cego nº 22
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Enviado por Tópico
F.Serra.Pintor
Publicado: 06/07/2017 13:21  Atualizado: 06/07/2017 13:21
Colaborador
Usuário desde: 11/08/2016
Localidade:
Mensagens: 1125
 Re: Na Fina Linha do Limbo
Se me permite...

"Ainda vivo solto naquela vertigem
Que se eclipsa entre os dois mundos
Que acumulados se distorcem no olhar
Dos incautos que me ousam perdoar
Em terra de magos e letais bruxos
A verborreia engalanada de vis luxos
Alastra imberbe pelas gastas veias
Meia vida, meia morte e uma crença"




Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 06/07/2017 17:07  Atualizado: 06/07/2017 17:07
 Re: Na Fina Linha do Limbo
Grande poema: melódico, intenso, duro, verdadeiro.

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