Vazio

A tua verve lírica está ao rubro.
Acho o segundo verso da terceira estrofe o maior exemplo e dos mais raros casos de eruditismo que li por aqui. O adjectivo "intestinas", mata-me e deixa-me um sorriso...
Fizeste bem na citação deixar referência ao autor. Temos todos de ter muito cuidado com isso.
A verdade é que a maioria não sabe que têm de o fazer. Dos que sabem, muitos não sabem como se faz.

O vazio é um estado de estupor que é-me de difícil relação.
Já me disseram que é um momento de repouso. Que é o início de seja o que for.
Eu não o vejo assim. Quando me ataca é porque estou à beira do colapso.
Quando era miúdo não sabia lidar com ele.
Tive uma adolescência difícil...

Obrigado irmão.

...um poema denso como uma bruma que logo é varada pelos raios de sol, o aprendizado é sempre o oposto do que nós mesmos queremos, por isso dói, mas é verdadeiro e eficaz, coloquei um texto no poema que publiquei -Osho já dizia: ”O preenchimento é interno”. Ou seja, você é quem deve se preencher completamente para, então, satisfazer uma pessoa. Esse é o segredo. Se cuidar e se amar incondicionalmente lhe fará ser amado exatamente na medida que deseja e precisa. Amar a si mesmo é um requisito essencial para que o ser humano possa vivenciar a felicidade." vi não concordou com o "eu lírico" a proposta é essa quem nunca se amou não saberá jamais o que é o amor, eu sempre ouvi a musica que coloquei no poema olhar impressionista mas nunca tinha ouvido de verdade, e foi maravilhoso ouvir e compreender a musica principalmente a segunda parte . Bom, parabéns pelo belíssimo texto

Li seu poema, que por sinal é belíssimo. O ser humano vive esse vazio quando não encontra o seu eu. Não há dor maior do que o vazio da alma. É preciso que aprendamos a fazer o que gostamos, preenchendo esse vazio conosco mesmo. Viver intensamente os minutos do dia, fazendo o que nos dá prazer. Cada minuto sendo nós, sem máscaras, sem bengalas. Se é pra chorar, que choremos e depois limpemos as lágrimas. Aproveitemos a vida, não porque ela seja curta, pois não é. Mas porque ela maravilhosa, para quem sabe viver. Quando estou vazia é porque estou cheia do mundo que me cerca, esquecendo de olhar para mim. Amo sua poesia. Vou deixar um xero nordestino. Abraços!

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A incerteza sobre o que podemos conhecer do que somos, do que fomos e do que seremos é um tema que os filósofos perseguem desde sempre, mas perdem no duelo com a poesia.
O teu poema é claríssimo: dogmatizar e doutrinar não são formas de saber. Descobrir, investigar, questionar... valem a pena, mas será sempre a nossa "têmpera" (tantas nuances numa só palavra) a transformar o pechisbeque em ouro.

é por isso que o completo muita vezes não existe, sempre a de algo se completar