Minha alma em mais uma de suas crises grita, implorando por ajudando
se agarrando a todos que estão em volta,
me esforço para disfarçar
fecho meus olhos,
controlo minha respiração
e espero acabar.
Tomo um banho,
a água quente me conforta
escorrendo por todo meu corpo
como uma serpente
sem me ferir
sem me tirar nada.
O diabo é o pai da mentira
venho sendo seu filho preferido,
meu espírito condenado
amarrado com duas correntes nos pés,
não tem para onde ir,
fechando acordos com Judas
a qualquer momento sentirei o punhal cravado em minhas costas,
o sangue quente escorrendo
como uma serpente
me ferindo
e levando minhas últimas mentiras de vida.