A alma de tantos lugares na mão fechada.
Segura a estrada e firme nos pés
Desbrava o lado escuro da última montanha.
Quis o chão moldar-lhe os passos
Embalar-lhe o caminho na madeira das árvores.
Atravessou-lhe uma ponte no peito
Rompendo a mortalha que encobria o sol.
Ergueram-se mais de mil braços de saudade
Pela extensão da margem dominada pelo canavial
Que adensava o espaço confinado à curvatura dos olhos
Distantes e, ausentes
E estes braços, abraçaram-lhe as feridas
E o sangue que cabia naquele rio de loucura.
O líquido, uma luz trémula
Secou-lhe por dentro a maçã, maldito.
Como lascas de xisto
A cortarem-lhe as veias enterradas na carne.
É interno.
Interno, é o caminho.
Viver é sair para a rua de manhã, aprender a amar e à noite voltar para casa.