Caos
Eu posso vê-lo entrar em minha vida
igual a morte no lumiar de uma vela
espremido entre o cajado e a cancela
com a cor fulva a colorir-me a lapela.
Servido frio a cobrir-me em sua duvida
seu alarido abafado me enlouquece
e eu aqui assim sem a minha armadura
e contornar seus contornos me entristece.
Pois neste caos meus instintos são pedaços
pedaços tal e qual os braços desta perdição
que estão agora perdidos lassos no espaço
são como as pedras empoeiradas deste chão.
Já não importa nem a contra mão da noite
já renasceram todos os anjos que eram maus
arrasaram todo o azul do firmamento
este universo é corroído no mais completo caos.
Alexandre Montalvan
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