veja os relógios nas torres.
os rios mudam a paisagem.
há flores nos vestidos e luz
na alma aberta para o tempo;
os móveis foram comprados
faz apenas uma semana.
não quebre o espelho da sala.
sopra o vento as orquídeas na janela
dançam os homens, alegra-se a rua.
a chuva agora é azul. o dia está aberto,
o sol aparece nas telhas da velha casa,
museu de retratos encontrados
na primeira esquina.
os deuses guardam as preces.
na tua memória, chegam palavras
sem máculas.
juntos enlouquecemos.
não encontramos significados
nas coisas invisíveis.
na sala de esperas
a alma inteira liberta-se
lendo poemas na parede
das casas abertas.
Poemas em ondas deslizam nas águas.