TERAPEUTA
(Jairo Nunes Bezerra)
Recusastes os meus afagos em teus seios,
Quando sob o teu jalete minha mão os buscava...
Não perdurava audácia, apenas anseios,
À tua aproximação era o que me incentivava!
Regressastes ao teu tempo de donzela,
Ativando um pudor que já não mais existe...
Naquele tempo reinavas à janela,
E aqui rainha alimentas o que não mais persiste!
E sem o teu acolhimento vou vagando em frente,
Pelos teus desprezos descontente,
Sufocado pela tua ausência!
Isso não era esperado,
Solitário sem teus pequenitos seios visionados,
Convivo com a minha penitência!