ESCOMBROS DA HUMANIDADE – Parte I: Nossa Justiça
Davys Sousa
A humanidade como vive?
Ela é o Bem e o Mal de sempre.
O Mundo, hoje, é só consciente de sua ignorância
E mesmo assim, ignora-la.
O mundo é escravo de sua intolerância
Escravo de suas religiões, conceitos, leis,
Escravo de sua escravidão interior,
De sua forma de mal entender as coisas.
O homem primitivo ainda vive
Selvagem, mas trajado nas ruas
Homens com máscaras
Homens insensatos,
Homens ignorantes,
Todos pequenos, poder-se-ia dizer que inúteis
Por suas incapacidades de transformar o Mundo
Em algo melhor, tornar suas vidas menos fúteis
O Mundo se torna cada vez mais imprestável
Pela humanidade que o mata,
Que o abandona...
Homens são apenas feras
Só que trajadas, armadas...
Não precisamos defender os direitos
De quem tira e violenta os de outros,
Não precisamos ser humanos
Quando tratamos com bestas indomáveis,
Precisamos ouvir os desabafos do Mundo,
Dos direitos de quem merece,
E não escutar frágeis e distorcidas mentalidades perdidas.
Não precisamos deixar de ter coração para fazer isto,
Apenas, deixarmos ser livres do que tira nossa liberdade,
Ou veremos só miséria, sofrimento, medo e morticínios.
Nossos conhecimentos e fé em algo que não vingará
Fazem-nos decair mais e mais...
Aprisionados, envenenados, apodrecendo
Dentro desse Mundo de injustiças,
Sem podermos nos defender, será que é isso que queremos?
Não existirá mais futuro,
Não existirá mais humanidade,
Apenas escombros e nada mais.
Davys Sousa
(Caine)