Eram manhãs sequiosas de verão E as cerejas eram altas e velhas Nós puxávamos as galhas para o chão e pendurávamos as cerejas nas orelhas
Cada gaipo de cerejas era um milhão! Íamos a cantar por caminhos e quelhas... Ninguém ligava ao nosso cantochão Alguns olhavam erguendo as sobrancelhas...
Os rapazes, aqueles mais aselhas, não trepavam às velhas cerejeiras Mas ficavam olhando as nossas saias...
Voavam sobre nós mosquitos e abelhas. Vinham os gritos das nossas companheiras! Sai daí, desce já, olha não caias!