Poemas : 

No silêncio dos silêncios

 
Open in new window

Vejo batéis, vejo noites de tormentas,
Corpos acorrentados à morte,
Solitários, bailam lúgubres
Na crista das ondas coléricas

No silêncio dos silêncios,
Um corpo cai ao mar
Quebra o silêncio,
Acorda a dor n’alma

No casco velho dum batel,
O mar lambe lágrimas
De quem vê partir uma alma,
Tragada pelas vagas

Dum oceano agitado,
Que adia ávida esperança
De quem escolhe outro lado da salvação,
E acaba inumado no lodoso fundo do mar

Adelino Gomes-nhaca


Adelino Gomes

 
Autor
Upanhaca
Autor
 
Texto
Data
Leituras
768
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
18 pontos
4
3
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Semente
Publicado: 07/06/2017 18:51  Atualizado: 07/06/2017 18:51
Membro de honra
Usuário desde: 29/08/2009
Localidade: Ribeirão Preto SP Brasil
Mensagens: 8560
 Re: No silêncio dos silêncios / PARA UPANHACA
O drama da morte trágica que leva a esperança de vida para o fundo do mar que ao mesmo tempo consola quem ficou a chorar...
Muito bom traçado Adelino, porém triste.
Beijinhos


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/06/2017 10:07  Atualizado: 09/06/2017 10:07
 Re: No silêncio dos silêncios
Algo que não grita, pois seus sensos perderam o seu ego, os ecos sufocado pela vos doa que foram, hoje estão estatura