NO JUQUINHA
Quem desapareceu virou estrela
E foi luzir bem alto lá no céu.
Mas ficou na memória sob o véu
Da serração mirando a aurora bela.
O seu sorriso aberto por nós vela,
N'esses sertões de andar de déu em déu,
Deixando-nos aqui e ali e ao léu
Os passos que veredas nos revela.
Quem desapareceu virou estátua
Depois de brilhar feito chama fátua
E trilhar os caminhos mais distantes.
Ele, que mereceu permanecer,
Nos mostra co'a imagem de seu ser
Quão bem-aventurados os errantes!
Santana do Riacho - 10 10 2012
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.