MANHÃ INVERNAL
(Jairo Nunes Bezerra)
Manhã tristonha de inverno oscilando na chuva,
As águas com destino incerto correm ao léu...
Seguem retas, sem curvas,
Sob a súbita escuridão do céu!
Mais nuvens são liberadas no espaço enegrecido,
E a tristeza perdura com intensidade...
O visionamento dos prédios fica empobrecido,
E sem ser reconhecida fica a cidade!
Apenas o frio penetrante reina agora,
Não posso ir embora,
E solitário protejo-me do gotejar presente!
É quando almejo a tua habitual companhia,
Deveras isso é o que mais queria,
E sem realização não te vejo à minha frente!