Ao passar pela vida
Não levei nada na mão
E ai da minh'Alma perdida
Ai do meu pobre coração.
E houve momentos de comunhão
E houve instantes de poesia
Tantas horas de emoção
No viver do dia-a-dia.
Só a mim levei comigo
E foi muito ou talvez não
Que das saudades contigo
Só ficou a ilusão.
Agonia consentida
Lastro de pura solidão
Ao passar pela vida
Não levei nada na mão.
Ricardo Maria Louro