Sou um poema incompleto
numa vida inacabada
que termina (s)em ti…
Vacila no último verso
que sonhei escrever
só para o teu olhar
ter no momento do meu silêncio
rasgado pelo grito
de uma lágrima a descer o rosto
alucinada(mente) sem tempo
…perdidamente…
Vestida de sorriso
para olhar o teu sentido
mesmo sem o entender
…e para te ler um poema
que fizeste para me ter…
Lembraste?
Sem nada entender
de vida ou de poesia
quando as vidas não se unem
em verbos soltos dos pensamentos
nem das memorias…
É tudo tão abstrato
em palavras que se quebram e não se concretizam…
Morro dentro do sangue
que jamais irei escrever
…parto
no silêncio de um não poema!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...