Todo meu corpo é tomado por desespero,
me sinto sufocado dentro uma lata
e a cada segundo, fica mais difícil respirar.
Meus olhos pesam
mas não consigo fechá-los,
os morcegos cantam
e os demônios brincam em baixo da cama.
O ventilador pende sobre o teto,
meu peito apertado
estou em uma lata
jogada no oceano,
a pressão está me matando.
O medo acaricia meus calcanhares
temo cair, mas me encontro desanimado de mais para me mantar em pé.
As vozes se calaram,
o silêncio me aterroriza,
a noite canta
a noite grita,
apenas quero dormir,
apago as luzes
preciso de ajuda
sinto que posso explodir
sinto que vou, não agora, algum dia.
Me deito,
lagrimas se acumulam
se recusam a cair,
fecho meus olhos e sinto suas mãos me enforcando,
já não respiro,
um morto-vivo que não vê a hora de estar morto.
Mas o medo me matem,
o medo me faz ver a morte como fraqueza.
A ajuda que vocês me oferecem, só me atrapalha.
Apenas tenho uma visão diferente,
sei que nada está bem
o que reina é o caos
eu apenas o alimento
mas queria matá-lo,
acabei me condenando.
Vocês não entenderiam.