Sou homem de cabeça pequena
coco criado com pouca água,
mas que ainda pensa;
Sou homem de braços frágeis
parece espantalho em arrozais,
mas que sabem abraçar;
Sou homem de pernas curtas
parece qualquer bicho rasteiro,
mas que corre muito;
sou homem de corpo frágil
magrelo e amarelo parece borboleta,
mas que voa muito;
Sou um quase todo
Cheio de defeitos como moinhos e engenhos,
mas que entende a vida,
Então, se nos restam um coração maduro,
uma mente pura como sons de violinos,
e um silêncio na alma, como ternura de asas,
vamos, de mãos dadas e fortes pensamentos, dizer:
Oh! Pai dos pais, cuide daqueles que de Ti precisam nesse momento;
Oh! Pai de todos os movimentos e daqueles que nem movimentos têm;
Oh! Pai cuide de todos nós e nos ensine a cuidar dos nossos. Mas não nos abandone nunca!
José Veríssimo