VÃ ESPERANÇA
(Thiago V)
Minha dor não tem dimensões
É tanta quanto o espaço disponível
Ela é intransigente, aguda e precisa
Pungentes são os pontos finais de cada dia arrastado que termina
Eu grito com as pontas dos dedos digitando apressadamente
As reticências são um espaço infinito das minhas possibilidades e esperanças
Escorrem pela minha garganta essas sentenças amargas que nunca serão pronunciadas
Eu choro e me lamento nas entrelinhas
Suspiros, apenas suspiros... São o que ouso manifestar
Sinto um pequeno instante de alívio que vem da esperança de que a incerteza não se torne realidade
E finalmente me acalmo, sento e me conforto, aguardo pelo amanhecer
Afinal o amanhã é sempre a esperança dos desiludidos.