Eu sou o drama,
eu sou a solidão
eu, só, na cama,
sem ter coração.
Eu sou o nada
eu sou o pó
eu sou na estrada
um triste só.
Eu sou quem sou,
que por ser, serei,
a Alma que dou
e que nunca darei.
Mas sou do que vês
a vida que foi
e no fundo, talvez,
seja tudo o que dói.
Ricardo Maria Louro