Resigno-me aos caprichos da Alma, deixarei as vontades escondidas sob o casaco,
mas, guardarei a imagem da chuva aspergindo pétalas de rosas,
e dos pássaros aguardando o estio para outra revoada nos céus.
Derrotada que estou, sonhos intimistas jamais serão afetados pela maior das tempestades,
a mais longa das viagens nunca tem o dia certo para se iniciar.
Talvez seja tarde demais para fazer qualquer coisa,
além de manter-me nos bastidores
- tarde demais para banhar-me na luz das estrelas
e maliciosamente escrever palavras de duplo sentido
tal ordinária que sou chafurdando na lama de anelos vãos.
Mas, deixa-me abrigar-me nos mínimos espaços,
tantos e tais espaços vazios os há como aqui;
jamais neles vi sequer uma nesga de luz bruxuleante
- dias vazios de anos solitários na intemporalidade ambígua dos pontos finais.