Ignora o que digo
Porque este amor é um perigo
E me deixa tonto e louco
Só de provar um pouco
É uma prisão de fogo
Um ingrato e mortal jogo
Que me controla como um vício
E me faz saltar do precipício.
Refugio-me no teu olhar
Quente e pronto para atacar
Sem dó, nem piedade
Enquanto desespero por liberdade.
É ser refém do momento
Do complexo espaço-tempo
Que distorce a realidade
De tamanha beldade…
É tornar possível o impossível
Neste amor tão incrível
Em que estou preso e apaixonado
De te ter aqui ao meu lado
E, perdoar o imperdoável
Desta paixão tão inflamável
De sentir o que reprimi
Para dizer apenas que gosto de ti…
José Coimbra