Não há mais anjos, nem luzes brilhantes, sinto-me estática,
inerte e vencida por obstáculos que não podem ser superados.
Tal qual diante de ebúrnea parede axiomática não progrido,
marcam-me os passos pesados a expiação de pecados.
Viandante eterna, sou caminhante das sombrias sendas,
vulto ora tênue percorrendo caminhos de pedras calcadas,
piso estepes deixando na distância antigos passeios divertidos,
esvaídos de alegres canções, proibidos agora por claras sanções.
Caminho trôpega, instável, a cabeça baixa,respiração sôfrega,
curvando-me ante à realidade que vejo inquestionável aqui
- o fim, nada sou, anulo-me diante do poder da presença de ti.