Desculpe... Será que realmente alguém se importará,
se começar a desfiar o rosário das minhas dores?
Esqueçam a minha ânsia pela liberdade de chorar antigos amores
(sim, tenho essa fraqueza momentânea
quando no escuro abro a janela da alma liberando torrentes de lágrimas,
vertentes de angústias que correm qual arroios turbulentos
desde os cumes das montanhas da minha solidão.),
na verdade nunca tivemos uma só estrada,
essa visão existia apenas na mente quando era tão forte a presença de Ti.
Ninguém sabe o quão distante está a luz,
espalhada que ficou à beira do caminho,
lançando por vezes tênues raios sobre armadilhas,
estratagemas que a Alma rancorosa espalha ao longo do percurso.
Ninguém mais sabe que ando na escuridão,
sem palavras, sem poemas, carente da inspiração.
A luz que inundou dias e noites de regozijo teu e de tua Alma
somente me fez acordar e descobrir amargamente
uma vida na qual existem apenas as noites e os invernos.