<br /> Entender a vida, buscar respostas...
...Não mais...
Vivo das minhas certezas
particulares,
(sedimentadas como velhas rochas)
às quais cheguei após muito andar.
Piso o caminho sem pressa,
porém sem esmorecer.
Sei o que me basta e é bem pouco,
até finalmente eu ir habitar outras
estâncias...
Um entardecer sereno,
uma manhã fresca ,
um café bem forte...
Gosto de aromas envolventes,
ternos abraços,
olhos sorrindo pra mim... beijos...
E o Fandango, personagem
de Érico, dizia algo como
"mas a vida tem coisas
tão boas, uma talhada de melancia,
a sombra de uma árvore..."
E as más a gente vai levando...
Se tenho algum projeto, não sei...
E esperanças...acho mesmo
é que tenho vontades.
(Ah ...a vida é mesmo tentadora...)
O que é ter um futuro pela frente,
estrada deserta que nem sei se
vou trilhar?
Você diz que foi ruim ter esperanças,
e eu digo que é ruim estar
tão só neste momento...
Sou dona do meu rumo,
... agora...
meu lugar é onde
meus pés me levarem,
e onde, alçado o vôo, minhas asas
me permitirem pousar.
E sabemos os dois que
"a vida é um sopro",
não há tempo pra projetos, nem
pra esperanças vazias,
e, por favor, preencha
aquelas reticências, tantas,
e especialmente, não tenha medo
de me dizer...
... aquilo que tanto deseja...
Que são projetos de vida,
cálculos sobre a prancheta
do arquiteto?
Não ter esperanças
pra não sofrer depois,
usar adoçante para
iludir o paladar?
mentir a nós mesmos
que enganamos o diabo,
não romper a linha de nossa covardia,
e sofrer o tempo inteiro...
... amordaçando o coração!