É quando cai a chuva
No tilintar da minha janela
Que fica virada para o mar
Que sinto a nostalgia
Nesta saudade de te amar
É quando o sol desperta
Quando a lua se vai deitar
Na brisa suava que vem de longe
Que sinto saudades de te beijar
É quando me perco na saudade
Das lembranças que me fustigam
Nos momentos intemporais
Neste tempo que me levou
Para longe desse teu sempre olhar
É quando deixo de ser eu
Para ser apenas mais alguém
Nestes trilhos que percorro
Na busca constante de ninguém
É apenas o tempo que passa
Entre as sombras do pensamento
Nesta utopia que me avassala
Nos sorrisos que outrora dei
Sou eu em ti, és tu em mim
São dois olhares desnivelados
Entre dedos entrelaçados
Lábios que não se tocam
Abraços desajeitados
Loucura ou talvez não.
(Gaspar Oliveira)
Gaspar oliveira