Penumbra que rasga alguma nuance de esperança E que rasga, e que a dilacera em infinitos fragmentos, Os imensuráveis registros, mas não esquecidos, Em uma gaveta chamada de saudosas lembranças. Tantas lembranças de tempos de outrora Que a aurora intocável adornava a crença infantil Com sua maestria embalava cada segundo da hora Através de anseios, esperanças e quimeras mil. A penumbra se fez assídua leitora destes registros Até questionou alguns instantes do teu crescer Mas, teu olhar não permitiu a possíveis sinistros; E o orvalho se fez testemunha do diário alvorecer. E assim... O dito pelo não dito; A esperança tornou-se reflexiva diante da penumbra A aurora bajulou, serenamente, a angústia indomável; O orvalho desenhou uma paisagem que deslumbra Que na consciência; a lembrança é de valor inenarrável.