Hoje acordei num manto de tristeza,
Chegou com uma dolência implacável!
Cobriu de negro escuro toda a beleza
Que outrora pensei para sempre inevitável!
Hoje acordei por entre quimeras partidas,
Cacos a ferir os pés descalços da alma!
Sangro saudade sem que haja feridas
Sinto angústia até no que me acalma.
Caí de joelhos em dúvidas permanentes,
Caí em rocha dura onde outrora havia rosas
Caí de mãos na descrença dos crentes.
Mas adormeci no silêncio dos inocentes,
De novo desenhei em mim a ternura das prosas,
Com cores que rimam em alegias crescentes...