Sonetos : 

Triste sina

 
Sinto no peito tamanha inquietação,
Lembro teu olhar que me acalma!
Encontro o coração dentro da Alma,
Como poeta que escreve em prisão

Voluntária de rimas de intensa razão!
Perco-me de mim e da esperada calma.
Lembro-me do teu corpo com exatidão,
Cada linha de desejos que me desalma.

Sinto falta do toque de teu corpo!
Em mil e uma quimeras me banho,
Por um amor de demasiado tamanho.

Sigo sem ti num destino contrafeito
Peço a Deuses intervenção divina
Mas ninguém muda esta triste sina.

 
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Pdark
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Enviado por Tópico
Rogério Beça
Publicado: 10/05/2017 21:15  Atualizado: 10/05/2017 23:20
Usuário desde: 06/11/2007
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Mensagens: 2123
 Re: Triste sina
Há algum tempo que me tenho questionado sobre a questão: forma Vs conteúdo.
Poemas, claro.
Cheguei este ano à conclusão que o conteúdo deve se sobrepôr.
Tenho escritos muitos sonetos, alguns bons, outros maus, depende de quem lê.
É um desafio aliciante, estar condicionado por catorze versos e, dependendo do valor dado à métrica, estar limitado por um certo número de palavras.


Como reparei nos poemas que lhe li o soneto é o seu "tipo" de poema. A sua eleição.
Devo dizer que os que li até agora são bastante bons.
Tem linguagem cuidada, sem erros grosseiros, quer na ortografia, quer na sintaxe.
Consegue aliar tudo isto a um teor poético assinalável.
Gostei dos tercetos
"...Em mil quimeras me banho\de um amor de demasiado tamanho..."
diz tudo

gostei.
Obrigado


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/05/2017 19:52  Atualizado: 12/05/2017 19:52
 Re: Triste sina
Um poema lindo onde as palavras cria sentido que aciona nosso pensamentos.