Doirados os campos desta terra
Pintados de espigas e vinhas
De sentidos e outros cantares
Aves negras, que voam sozinhas
Errantes, entre o vale e a serra
Sol longo que não se esquece
De dar vida nova aos sorrisos
Aos cantares e outros sentidos
Aves brancas, de voos precisos
Num outro corpo, que aquece
Lua cheia de tudo e algo mais
Dos dois amantes que se beijam
Entre cantares e outros sentidos
Aves sem cor, que gracejam
A cor do mar, tarde demais
Silêncio só que fala mais alto
Mais acima que qualquer astro
Entre sentidos e outros cantares
Aves e tantas cores, de ar sinistro
Tudo num olhar, em sobressalto
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma
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