Meu pai, quando faltava alguma, coisa dizia:- se não se vende e não há, faz-se, inventa-se !
Não;
Ninguém imagina
Ninguém imagina
a dor de fingir-me alheio
amando-te a cada manhã
como que por missão divina
Não;
Ninguém imagina
Ninguém Imagina
o vazio quando vagueio
na esperança vã
de ver-te no virar da esquina.
Ninguém sabe
Ninguém sabe o quão forte é esta paixão!
Se tu soubesses, seria em vão
apenas terias pena
de me ver neste inferno
Mas se existir alma,
Se existir Deus e a reencarnação
então, meu amor,
quero renascer do teu ventre materno
sentir a reciprocidade a este amor eterno
Porém, minha flor, se restarem meras cinzas
dispersem-nas depois no ar
para que (ao respirares) moléculas minhas
possas no teu peito guardar
Não sou poeta mas, quem sabe, um dia escreverei
um texto que (pela persistência e sorte) possa ser lido como poema