Arfo o peito com sofreguidão tentando alcançar a simetria,
mantenho a respiração malemolente em lenta cadência,
soergo os seios tentado uma posição procurando harmonia.
Então, busco na memória o toque dos teus lábios
quando o corpo treme já em volúpia por antecipação imaginada,
digressão emotiva na ciência que não mais lês alfarrábios.
Mas, estás em mim, tens-me com ocultos os poderes imensos
- fazes-me explodir, não mais irei lutar contra o anseio.
Submeto-me ao ardor, sabedora ser inútil qualquer freio,
espero só em poucos e furtivos momentos tensos,
liberta a paixão insistente em ser mais que reminiscência,
deixa-la explodir naquele ninho de tantos prazeres,
onde me tens devassada ...e indefesa na carne tu feres.
Para onde sempre volto mesmo quando me enxotas,
e com tua alma te regozijas distante, em plagas remotas.