Saudades
Tantas saudades das campinas verdes,
das oliveiras pejadas de azeitonas,
das trepadeiras a subir nas paredes,
das sestas quentes, serenas, mandrionas.
Do velho Ceira à sombra dos salgueiros,
e dos rebanhos a pastar docemente.
Das raparigas com seus cantares brejeiros,
entre as searas no longo maio ardente.
Tantas saudades das águas das ribeiras,
dos montes, das serras altaneiras,
do cheiro a mel e a castanha doce.
Das minhas tias com rosto de luar,
junto à lareira, à noite, a crochetar...
Estava ali, a rir, toda a Foz de Arouce.
Maria Helena Amaro
11 de janeiro de 2014.
http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2017/04/saudades.html
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