Era preciso viver
Depois de ser sacudida
Na sensibilidade de mulher
Depois da cruel despedida
Usou sua roupa de festa
E o perfume mais raro que tinha
Esperou na noite a seresta
Que sabia que não mais vinha
Escreveu mais uma poesia
E nem quis falar de amor
Era tanta esperança vazia
Lembranças que não tinham cor
Era preciso morrer
Mas o dia tinha céu azul
E nas veias um sangue a ferver
De uma americana do sul
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sergio néspoli
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