Oh meu amor, minha luz, meu sol, minha rosa em flor (etc, etc), venho por este meio apresentar-te minhas desculpas mais sinceras, foi em vão ausentar-me uma só noite do nosso amor e durante essa noite fazer encosto duma barriguinha de cerveja que adormeceu agarrada aos meus chinelos...
Amar-te é bem mais do que isso, tu sabe-lo bem, tão perfeitamente bem que chego a temer ter-te a meu lado, segurando-me a mão indigna de ti, covarde, mão que se escondeu sobre o véu do nevoeiro traiçoeiro da paixão passageira.
Foi o Freud que despertou em mim o bicho da seda (seja lá o que isso for!), foi ele e o seu cavalo lusitano, ele e o seu fato branco e a gravata às riscas, ele com a sua voz de carneiro mal morto, tudo ele e raramente eu.
As minhas desculpas bravo cavaleiro que lutais por mim, dais por mim tudo e até vos lançais num dueto/duelo que pode ser fatal, nem imaginas, Senhor dos meus dias/Dono da minha Vida, quantos trunfos escondidos esse cavaleiro tem.
Se a meio da batalha ele sacar do seu compal de pessêgo então não há nada que o detenha, o compal para ele está como os espinafres para o Popey.
Desculpas-me prezado guerreiro da Luz e das palavras? Levas-me de novo para o nosso reino encantado?
Beijo em ti*
P.S. Perdo-a o Freud também por tamanha desonra.
Com amor,
tua Margarete da Silva
. façam de conta que eu não estive cá .