Quando subo a Monsaraz há uma paisagem
que penetra na minh'Alma combalida,
abrevio por instantes a viagem
e fixo a água pelos campos adormecida!
E recordo por momentos a infância ...
Nada além de Estevas havia por ali!
Nada mais que a solidão em permanência
na era desses tempos que lá vivi.
Que saudade Deus meu, da tristeza pura
que invadia Monsaraz, pelo Inverno,
e adornava pelo Verão sua planura.
Contemplo aquela Vila! É um barco!
E guardo ainda nos meus olhos o eterno
pôr-do-Sol que sempre vi no mês de Março!
P.S./ À Monsaraz da minha Infância, vila do Baixo-Alentejo ...
Ricardo Maria Louro