<br />Europa, Ásia, África, Oceânia,
Quatro continentes de origem grega,
América, esta pagã,
É tão vilã
Como formosa, que ergue
Nesses edifícios de Manhattan,
Que, ao longe, eras colónia deste Velho Mundo,
E que no futuro,
Já és uma grandeza.
Mui são aqueles que foram destes gregos para o outro pagão,
Poucos regressavam,
Aqueles que ficavam no paganismo,
Tornaram-se grandes e orgulhosos
Aos outros que não partiram
Sofreram muito, à grega e à troiana.
Mas aqui no Velho Mundo vieram
Os satélites, os colonos, as línguas, ali no Novo Mundo
Foram à Lua e a Marte e aos outros planetas
E galáxias e aos átomos e ao ADN
E mais e mais
E, por fim, os dois Mundos,
Os gregos e o pagão,
Uniram-se, entrelaçaram-se, misturaram-se,
Entre si, como já tinham feito à milénios.
Agora, que o mundo já não é novo
Temos que: cuidar como se uma criança fosse,
De proteger paternalmente,
De realizar o impossível,
De sonhar e transportar o sonho para a Realidade.
E no fim, tudo o que está feito
Feito está, falta só a força,
A alma, a nudez, o espírito do corpo,
A libertação universal, a vontade e a sensibilidade
Do EU, do SER,
Para poder renovar tudo outra vez,
Até ao mais pequeno átomo,
À mais pequena ilha, ao mais pequeno ser,
E (ReCriar tudo,) reiniciar um jogo de Xadrez.
@ Setúbal (1998-99)
P de BATISTA