<br />Em silêncio, sem fundo, sem aspectos descritivos,
Puro vácuo, puro espaço.
Meditar. Não! Isso já não dá silêncio,
Provoca pensamento, logo provoca ruido,
Logo quero saber onde está o não som.
Entra um ser, uma gota, uma unidade,
Começa a ter fundo, começa a ter plano,
Não posso, tenho permanecer em silêncio.
Palavras, escritas, ditas, ouvidas,
Já preenchem o vazio,
Deixa se ter silêncio.
Não posso fazê-lo mais,
Preciso do vão, do espaço.
Afinal o silêncio também não dá!
Pois o simples acto de silêncio
Já ocupou o seu lugar num espaço,
Supostamente vão...
@ Setúbal, 2008-02-02
P de BATISTA