Poemas : 

Calo-me, e arrecado todo o desprezo

 
Open in new window

Se me falta bom senso
É porque não penso
Nem pertenço
Ao mundo que defenso

Quem sou eu afinal neste mundo extenso?
Quero saber e não me canso
Nem descanso
Enquanto não me dizerem onde pertenço

Procuro saber quem sou, e nisto penso
Com o cintilar das estrelas no céu extenso,
Mas esta euforia, eu não alcanço
Enquanto não souber onde pertenço

Abismado, as vezes penso
Ser ínfima parte do sol suspenso
Nas coordenadas do vazio extenso,
Mas este matutar me deixa propenso

Ao mutismo do homem inconfesso
E ao dizer expresso
Em seu rosto de olhar intenso,
Calo-me, e arrecado todo o desprezo

Adelino Gomes-nhaca


Adelino Gomes

 
Autor
Upanhaca
Autor
 
Texto
Data
Leituras
961
Favoritos
2
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
30 pontos
4
5
2
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/04/2017 20:32  Atualizado: 09/04/2017 20:32
 Re: Calo-me, e arrecado todo o desprezo
Caminhos que vai pela solidão onde os passos ficam as marcas da amargura que segue os passos da tristeza, somente aplaudirOpen in new window


Enviado por Tópico
Juanito
Publicado: 11/04/2017 18:52  Atualizado: 11/04/2017 18:52
Colaborador
Usuário desde: 26/12/2016
Localidade: España
Mensagens: 3097
 Re: Calo-me, e arrecado todo o desprezo
Estimado amigo, esses versos delatam uma profunda introspeção e uma pergunta feita por muita gente.

Meus parabéns.
Um abraço