Dorme nos meus olhos o clarão do dia
por onde espreita o mar em ondas de silêncios
E a trovoada desaba de encontro a mim
Já não falam os dedos
e as palavras abraçam o passado
onde as gaivotas sobrevoam
os casulos abandonados dos versos
Evaporam-se as gotículas salinadas dos mares
e lá…em cima
as nuvens desenham silhuetas estáticas
E no peito descansam as pétalas
que pernoitam nas insónias febris
Escrito a 26/03/17