E quando eu me for.
Descansar no colo da dor.
Depois de uma surra do amor.
Não quero flores cheias de vida.
Nem lágrimas arrependidas.
Se tudo que sempre quis,
Foi o que sempre dei.
Perdi por ser vazão,
Por isso pequei.
Hoje sou vazio.
Cheio de frio.
Meu coração dispara
Não por paixão
Mas por fumaça falsa.
Que sempre, mesmo cinza
Coloriu o preto e branco
E o estresse da rotina.
E eu te amei, menina.
Mas te perdi pra mim,
Pra si, pro mundo, nicotina.
Não lutarei por ti
Enquanto não lutar por mim.
Se não me pedes pra ficar,
Não me queres nesse lugar.
Não há nada que eu possa te dar,
Que você não conheça e já tenha me dado antes.
Creio que sejamos amados, mas nunca amantes.