SONETO CARETO!
Ontem, foi mesmo um dia careto;
tristonho, à noite, sem sono
deitei-me, não adormecia!
pensei, como dizem que sou poeta,
ao sono fazer um soneto.
Às duas da madrugada, fiz o primeiro verso,
mas dormir nada, ainda muito desperto,
a insónia persistia, não dormia nem soneto fazia!
Às três da madrugada, no soneto mais um verso,
mas, eu ainda muito desperto!
Fazer sonetos é dura empreitada!
Cinco da matina e o soneto ainda sem rima!
Desisti. Que triste sorte, a minha!
Realmente, ontem, foi dia careto!
À noite, não dormi nem fiz um soneto!
Desisti. Levantei-me, pela casa passeei-me,
tomei café, saí à rua, andei todo o dia a dormir,
em pé, com outros como companhia!
Seriam trabalhadores de sonetos?
Teriam tido dias caretos?
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Figas de Saint Pierre de La´-Buraque
Figas