Há dias em que me apetece
pousar as mãos num papel sem cor
numa folha quieta
e deixar que seja o poema
a mover-me os dedos
a chamar por mim
a substituir-me no delírio ou na razão
e a colorir-me os olhos e o sentir…
como se eu fosse um dia de primavera
ou mesmo o primeiro dia dela
João Luís Dias