JARDIM SOLITÁRIO
(Jairo Nunes Bezerra)
Nos meus delírios aos anoiteceres, estás ao meu lado,
Aproximo-me de ti e desapareces ...
Viras fenômeno, reflexão de um luar azucrinado,
Que no meu dormitar involuntariamente cresce!
E a minha loucura por ti se evolui com o tempo,
Nada mais resta das plenitudes de noites anteriores...
Perduram apenas os meus contratempos,
Alimentando os meus estertores!
E tu linda rosa convivente de amplo jardim solitário,
Faz-me de teus desejos um fiel acionário,
Ávido por teus abraços!
Se os terei , não sei? ante o teu atual afastamento,
De tempos idos prevalecem ainda o meu lamento,
Diante da ausência daqueles teus múltiplos afagos!